Cadastre-se Login
(34) 99146-5393
  • meuveiculo@meuveiculo.com.br
(34) 99146-5393
Blog

AVALIAÇÃO: FIAT TORO 2.0 DIESEL VOLCANO

Aceleramos a nova picape na estrada e no off-road para conferir seus pontos positivos e negativos; confira o que esperar da topo de linha

A picape Fiat Toro quer ser um veículo essencialmente urbano, mas promete também não fazer feio em trechos offroad. A opção que tem mais atributos para ir bem nesses dois cenários é a topo de linha Volcano, que elegemos para ser a primeira a passar pela nossa avaliação. Tabelada em salgados R$ 116.500, ela conta com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv a 3.750 rpm e 35,7 kgfm a 1.750 rpm. Mas a Toro tem outras versões a diesel mais em conta, incluindo uma com caixa manual de seis marchas e tração 4X4. Na top, o câmbio é automático de nove velocidades e a tração é integral. Confira como ela se saiu na nossa avaliação na estrada e na areia.

Impressões ao volante

Dirigimos a Toro em trechos de estrada entre Natal (RN) e a praia da Pipa (que serviu de cenário para as fotos desta página), e também em trechos de offroad leve nesse mesmo destino turístico. O que confirmamos por lá é que ela é uma picape com diribilidade de SUV, superior à das rivais. Isso porque, o novo modelo da Fiat tem por baixo do visual de veículo de carga, uma estrutura de utilitário esportivo, mais especificamente a do Jeep Renegade.

Isso faz com que a dirigibilidade seja a mesma com a caçamba vazia ou cheia. Nas outras picapes, especialmente as maiores e com cabines simples, a caçamba vazia prejudica a estabilidade, ainda mais em altas velocidades.Quem já dirigiu as picapes menores e maiores contra as quais a Fiat quer brigar, vai se sentir bem mais confortável a bordo da Toro. A posição de dirigir é alta, mas seu porte não faz com que a tarefa dirigir no trânsito das grandes cidades seja um sufoco. Na prática, a nova picape é do tamanho de um utilitário mais parrudo.

No asfalto, o conjunto de suspensão filtra muito bem as irregularidades e mantém a Toroestável em curvas. Na terra, os trancos são suavizados pela suspensão multilink na traseira, uma opção mais reforçada do que o esquema McPherson adotado pelo Renegade no mesmo eixo. Por sua vez, a tração integral (com opção de 4x4 reduzida) dá conta do recado para ultrapassar terrenos rochosos e dunas de areia, como os das falésias da região que visitamos. Adaptativo, o sistema é menos pesado do que os convencionais usados pelas picapes médias.

O motor turbodiesel tem ótimo fôlego para carregar os 1.672 kg da picape graças ao torque máximo entregue desde baixas rotações.Assim, contribui para que a Toro não sofra ao rodar, a não ser em saídas, quando poderia ser mais ágil. O câmbio faz trocas bastante suaves, mas não espere ânimo nas retomadas de velocidade. Segundo a Fiat, esta versão chega a 100 km/h em 10 segundos e tem velocidade máxima de 188 km/h.

Outro ponto positivo é que a distância entre-eixos de bons 2,99 metros garante espaço suficiente para dois passageiros viajarem sem aperto no banco de trás. A direção elétrica guarda o principal ponto negativo do modelo, já que é leve para manobrar, mas deveria ser mais direta em altas velocidades. A área envidraçada agrada, mas a coluna B é larga e dificulta a visão do motorista. A visibilidade traseira também é boa e não é prejudicada pela caçamba.

 

Custo-benefício

Ao contrário da versão de entrada Freedom, que é básica demais, a topo de linha Volcano que avaliamos tem recheio para justificar o preço. De série, oferece ar-condicionado digital de duas zonas, vidros, retrovisores e travas elétricas, volante multifuncional, computador de bordo, farol de neblina e sensor de ré. A tela multimídia de 5,5 polegadas com GPS também vem de fábrica, mas decepciona por ser pequena demais e ter funções simples para um carro desta faixa de preço.

O pacote de itens de segurança também é elogiável: há os obrigatórios freios ABS, airbag duplo, assistente de partida em rampa, controle de tração e estabilidade e Isofix. A picape promete alcançar nota máxima à proteção de ocupantes graças aos sete airbags que, infelizmente, são vendidos como opcionais mesmo na versão topo de linha. O kit sai por R$ 4.140 e inclui regulagem elétrica do banco do motorista e sensor de pressão dos pneus. Além disso, bem que os bancos revestidos de couro poderiam ser de série nesta versão topo de linha. A Fiat oferece esse opcional por R$ 2.070.

Vale a compra?

Sim. Toro Volcano promete ser a melhor alternativa para quem quer ter uma picape na garagem, mas não encontrava espaço suficiente para quatro pessoas nos modelos menores ou vaga de garagem que comportasse as picapes maiores. Barata ela não é, mas entrega bons itens de série e desempenho, tanto no asfalto quanto no fora de estrada. De quebra, seu porte pode ser o suficiente mesmo para os compradores interessados em médias convencionais. Pelo diesel e câmbio automático, as rivais de porte maior cobram muito mais caro - e perdem em conforto, dirigibilidade e estilo.

Ficha técnica

Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, comando duplo, turbo, injeção direta de diesel

Cilindrada: 1.956 cm³

Potência: 170 cv a 3.750 rpm

Torque: 35,7 kgfm a 1.750 rpm

Câmbio: Automático de nove velocidades, tração integral

Direção: Elétrica

Suspensão: Independente McPherson na dianteira e multilink na traseira

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira

Pneus: 255/65 R17

Comprimento: 4,91 m

Largura: 1,84 m

Altura: 1,74 m

Entre-eixos: 2,99 m

Tanque: 60 l

Caçamba: 1.000 kg de carga e 820 litros de volume (fabricante)

Peso: 1.672 kg

Números de teste (montadora)

0 a 100 km/h: 10 s

Velocidade máxima: 188 km/h

Consumo urbano: 9,4 km/l

Consumo rodoviário: 12,9 km/l